Um aluno que não possui
esta musculatura trabalhada tem muita dificuldade em realizar os mais simples
movimentos desta e de qualquer outra dança, sendo assim responsabilidade do
professor desenvolver adequadamente estas habilidades em seus alunos.
Por serem
músculos localizados na parte mais profunda da musculatura, seu trabalho
demanda grande consciência corporal e concentração, sendo assim ótimo para ser
aplicado com adultos que precisam aliviar o stress do dia-a-dia e mesmo aqueles
que sofrem de desvios da coluna vertebral.
Observar
detalhadamente os alunos e orientá-los na colocação correta da
postura corporal deve ser tarefa diária do início ao final das aulas. A
manutenção da postura corporal, além de favorecer a execução de todos os
movimentos da dança, dá mais liberdade e maior plasticidade aos alunos e
bailarinos.
A autora
Iris Gomes Bertoni descreve que a colocação postural utiliza-se de forças
contrárias e complementares que podem ser facilmente observadas no diagrama
redesenhado abaixo:
Ao observarmos
o desenho, percebemos que existe uma dissociação entre o tórax e os
quadris que deve ser constante. Isso é essencial nos movimentos de flexão
do tronco para frente, para trás ou para os lados ao distanciar mais uma
vértebra da outra com a atuação das forças contrárias, criando um espaço maior
na coluna vertebral para que o movimento aconteça especialmente no souplesse e
cambré.
Manter
os ombros para baixo, e “abrir” o peito e as costas favorece o
trabalho de braços dos port de bras e nos giros, além de contribuir para
tornar o bailarino mais longelíneo.
Os pés
bem apoiados e relaxados no solo dão maior equilíbrio estático e dinâmico,
favorecendo os elevés, preparação para giros e a impulsão para saltos.
Sentir
como se o teto fosse “aparado” pela cabeça faz com que a imagem do bailarino
seja ampliada no palco, deixando também toda a musculatura cervical com a
mobilidade necessária para que os movimentos de cabeça dêem o acabamento final
lírico, auxiliando também os movimentos rápidos de cabeça para a execução de
giros e pirouettes.
Segundo
Bertoni, esta postura não é estática mas sim dinâmica, mutável e fluente.
Buscar a constante harmonização destas forças contribui para o controle
energético adequado para tornar os movimentos mais naturais, evitando
o desperdicio de energia com movimentos desnecessários e favorecendo
a movimentação na dança.
Por: Camila
COREOGRAFIA
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