Golpes online baseados em phishing já não se limitam mais a bancos e
comércios eletrônicos. Redes sociais, especialmente o Facebook,
viraram alvos frequentes de cibercriminosos, que utilizam postagens falsas para
atrair a atenção de vítimas e depois roubar seus dados, de logins e senhas a
números de cartões e de contas bancárias.
A afirmação vem do especialista em segurança Roni Katz, da F-Secure na
América Latina, que contou a INFO como
funciona essa “pescaria” de informações aplicada aos sites de relacionamento.
Segundo ele, a diferença dela para a usada com bancos e sites de e-commerce é
mínima, e “está no meio usado para a propagação”, basicamente.
“No Facebook, o usuário vai muito
provavelmente receber um post ou mensagem [de phishing] de alguém que faz parte
da sua rede de contatos”, explicou. “Já fora da rede social, é mais comum
receber um e-mail de uma pessoa desconhecida.” Ou seja, dentro de um site do
tipo, graças à confiança que um usuário deve ter nos amigos adicionados, o
risco de um clique no link errado é potencialmente maior.
A tática usada pelo
golpe é relativamente simples, mas ainda assim não é exatamente fácil
eliminá-lo das redes sociais. Katz afirma que, em teoria, até seria possível
acabar com o phishing no Facebook, por exemplo – bastaria que “o site tivesse
algum mecanismo de bloqueio, que verificasse todas as mensagens e postagens”.
“Mas isso seria como uma censura prévia, algo que vai contra a liberdade de
expressão que existe na web”, disse o especialista.
Como
fugir dos golpes, então? – O próprio Katz acredita que a conscientização
dos usuários seja “a melhor prevenção contra qualquer tipo de armadilha
digital”. E para ajudar, o especialista dá algumas recomendações, começando
pela básica: “sempre verifique o endereço que você acessar”, alerta. “Uma letra
diferente na URL faz uma grande diferença.”
Outra medida padrão é dobrar a atenção no caso de receber uma mensagem
pedindo por dados de cartão de crédito, por exemplo. “Verifique se o
procedimento parte de um site confiável”, recomenda Katz – e não se esqueça de
checar o endereço para ter certeza, como já mencionado. Se for um link
encurtado, aliás, vale colocá-lo em um site como o LongURL para
que ele apareça na íntegra sem que você precise abri-lo.
Vale também sempre
manter atualizados os programas instalados no computador, “principalmente após
anunciarem a descoberta de alguma falha de segurança”, como lembra Katz. Isso
porque links suspeitos podem tentar levar você a uma página que explora brechas
em determinado software, facilitando uma eventual invasão.
Por fim, além da
dica clássica de não usar uma mesma palavra-chave em diferentes serviços, o
especialista recomenda cuidado na hora de acessar um site que exige
autenticação por meio de redes públicas de Wi-Fi – especialmente as de
procedência duvidosa. “É muito fácil capturar o tráfego e, consequentemente, as
senhas digitadas”, explicou ele.
Por: PABLO
CIÊNCIA e SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO
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